sexta-feira, 15 de março de 2013

Rosas: cuidados para um plantio de sucesso


 Nome científico: Rosa spp

A rosa é talvez a flor mais popular do mundo. A história de seu cultivo é muito antiga, havendo seu registro em diversas civilizações da Antiguidade. A primeira rosa cresceu nos jardins asiáticos há 5 000 anos. Na sua forma selvagem (cinco pétalas), a flor é ainda mais antiga. Fósseis dessas rosas datam de há 35 milhões de anos.

Cientificamente, as rosas pertencem à família Rosaceae e ao gênero Rosa L., com mais de 100 espécies, e milhares de variedades, híbridos e cultivares. São arbustos ou trepadeiras, providos de acúleos. As folhas são simples, partidas em 5 ou 7 lóbulos de bordos denteados. As flores, na maior parte das vezes, são solitárias. Apresentam originalmente 5 pétalas, muitos estames e um ovário ínfero. Os frutos são pequenos, normalmente vermelhos, algumas vezes comestíveis.

Atualmente, as rosas cultivadas estão disponíveis em uma variedade imensa de formas, tanto no aspecto vegetativo como no aspecto floral. As flores, particularmente, sofreram modificações através de cruzamentos realizados ao longo dos séculos para que adquirissem suas características mais conhecidas: muitas pétalas, forte aroma e cores das mais variadas.

Seu cultivo é relativamente fácil. Podem embelezar qualquer jardim com suas cores e odores, em alguns casos durante longos períodos. Existem diferentes grupos com características bem definidas, como o porte, a época e quantidade de floração, ou o tamanho e forma das flores.

Para cada tipo de roseira há um diferente tipo de poda. Quando se escolhe uma variedade, devemos levar em conta o nosso objetivo. Porém, existem algumas regras gerais que são aplicáveis a qualquer tipo:

• exigem exposição ao sol (6 horas ao dia)
• devem permanecer em lugar livre de vento mas com boa ventilação
• suportam quase qualquer tipo de solo, desde que tenha uma boa drenagem
• necessitam de abundante matéria orgânica, como esterco, húmus, etc.







TIPOS DE ROSAS
Retirado do site 'floresnacional'
(http://www.ibsweb.com.br/floresnacional/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=13&Itemid=38)


  
  
  
  
  
  
  
  
 





PLANTIO DAS MUDAS DE ROSA

As mudas são normalmente vendidas em vasos ou em sacos plásticos. Não há restrição para o plantio, que pode ser feito em qualquer época do ano, mas os cultivadores recomendam evitar os meses mais quentes. Já para o plantio com mudas de "raiz nua", o período mais indicado vai da segunda metade do outono à primeira metade da primavera.




  • PLANTIO EM JARDIM:

O ideal é preparar a terra uma semana antes de plantar as mudas. Cave bem a terra até cerca de 40 cm de profundidade, deixando-a solta, bem revolvida. Para cada metro quadrado de canteiro, incorpore uma mistura de 15 Kg de esterco curtido (de aves ou gado) e 200g de farinha de osso. Caso se utilize de terra preta com bastante composto orgânico, é possível incorporar algum fertilizante químico rico em fósforo (P), para flores.

Distancimanto das mudas:
O espaçamento vai depender da variedade de rosa que estiver sendo plantada, pois existem vários tipos ou variedades de roseiras (silvestres, híbridas-de-chá, sempre-floridas, miniaturas, rasteiras, arbustivas, trepadeiras e cercas-vivas). É possível basear-se no seguinte:

* arbustivas: 1 metro entre as mudas
* trepadeiras: de 1 a 2 metros entre as mudas
* cercas-vivas: 50 a 80 cm entre as mudas
* híbridas-de-chá e sempre-floridas: 50 cm entre as mudas
* miniaturas: 20 a 30 cm entre as mudas
* rasteiras: 30 cm entre as mudas

 


  • PLANTIO EM VASO:

O tipo do vaso vai ser escolhido de acordo com a sua preferência, não há um tipo melhor ou pior. O que eu, Paulo,  não recomendo é o de cerâmica pois existe uma tendência a retirar a umidade da terra, e isso influencia na necessidade da rega. Os vasos de plástico ou cimento são melhores opções.

Quando se pensa em um vaso para plantar rosas, o que mais importa é a sua profundidade; eles devem ter pelo menos 30cm para que as raízes cresçam à vontade. Quanto à largura, ela varia de acordo com a quantidade de mudas e o tipo a ser plantadas. Para apenas uma muda, basta um vaso com cerca de 20 a 25cm de diâmetro. Para três mudas, cerca de 40cm de diâmetro.








ADUBAÇÃO

De preferência, deve-se fazer de 2 a 3 adubações anuais: a primeira logo após a poda anual (entre julho e agosto); a segunda entre novembro e dezembro e a terceira entre os meses de janeiro e fevereiro. A melhor adubação é a orgânica, baseada em esterco animal, composto orgânico, farinha de ossos e torta de mamona. As quantidades, para cada metro quadrado de canteiro, são as seguintes:

* 20 litros de esterco curtido ou 2 Kg de composto orgânico
* 200g de farinha de ossos
* 100g de torta de mamona

Espalhe a mistura em volta das plantas e incorpore-a ao solo.



REGA

Logo após o plantio das mudas e até a primeira florada, regue com moderação, mas diariamente. Depois disso, recomenda-se regar uma vez por semana no inverno e duas vezes por semana no verão. Na temporada de chuvas é possível até suspender as regas. Um lembrete importante: a terra deve permanecer ligeiramente seca entre uma rega e outra.

1. Evitar sempre o encharcamento: Uma roseira encharcada corre um grande risco. O excesso de água é um grave problema para a maioria das plantas; as raízes apodrecem e morrem. Este é um erro muito freqüente dos jardineiros: regar em demasia.

2. É aconselhável regar pela manhã ou ao entardecer: Não o faça durante as horas de maior calor do dia.

3. Não molhe nem flores nem folhas, pois isso favorece as enfermidades por fungos, o maior problema das roseiras. Faça a rega ao pé da planta, com mangueiras (se plantadas em jardim) ou regador.

As regas devem ser profundas. É melhor do que estar continuamente regando com pequenas quantidades. Além disso a rega espaçada favorece que se desenvolvam potentes raízes em profundidade. Isto sempre é bom, porque a roseira torna-se mais forte e auto-suficiente no caso de não poder ou não querer regar.



PODA

A primeira poda deve ser feita cerca de um ano após o plantio e repetida todos os anos, entre os meses de julho e agosto. Os dias frios do inverno são ideais para se fazer a poda das roseiras, tão importantes para incentivar o surgimento de novos brotos e aumentar a floração. Entre os meses de julho e agosto, faça a poda das roseiras sem dificuldades.

A maioria das plantas necessita de podas regulares para que seu crescimento e desenvolvimento ocorram satisfatoriamente mas, sem dúvida, para as roseiras elas são indispensáveis e devem ser feitas anualmente. O período propício para se proceder a poda das roseiras é durante o inverno, entre os meses de julho e agosto. Isto porque, as roseiras entram numa espécie de dormência quando a temperatura cai para próximo de 10ºC.

Muito se fala, ainda, a respeito da "lua certa" para se fazer as podas. Não existe nada comprovado a respeito, todavia, não custa nada ajudar a natureza e podar as roseiras sempre na lua minguante, considerada a mais adequada.

Recomendo que se corte o galho da flor quando suas pétalas caírem, caso você não tenha interesse em obter o fruto da rosa.



Podas diferentes para cada tipo

Existem vários tipos de roseiras e, evidentemente, uma poda especial para cada tipo:

Poda Baixa: Ideal para rosas-rasteiras, híbridas-de-chá , sempre-floridas, miniaturas e biscuit. É considerada a poda mais drástica. Deve ser feita também, de tempos em tempos, nas roseiras trepadeiras, cercas-vivas e arbustivas, para rejuvenescer as hastes e favorecer uma floração abundante. Para realizá-la, comece fazendo uma limpeza, cortando todos os galhos secos, velhos, fracos e mal formados. A seguir, corte todas as ramas a uma altura de 20 a 25 cm, tendo como base o ponto de enxerto. Para favorecer a brotação, faça o corte em diagonal, sempre 1 cm acima da gema mais próxima.

Poda Alta: Recomendada para cercas-vivas e roseiras arbustivas. Primeiro faça uma limpeza de todos os ramos velhos, fracos e mal-formados. Depois, tomando como base o ponto de enxerto, faça a poda na altura de 80 cm a 1 metro. Deixe as hastes mais fortes um pouco mais longas e procure manter uma altura adequada ao local onde a roseira está plantada. Este tipo de poda pode ser usado também para as roseiras trepadeiras e silvestres, só que um pouco mais suave.

Poda Parcial: Indicada para roseiras silvestres e trepadeiras, que produzem hastes longas, com 3 a 4 metros de comprimento. Durante o primeiro ano de crescimento, estas hastes não florescem, sendo o período ideal para educar seu crescimento. Comece fazendo a limpeza das hastes secas, velhas e fracas. A seguir, poda-se as outras hastes, na medida de 1/3 de seu comprimento total. O restante da haste deve ficar preso ao tutor, em forma de arco, para que todas as gemas aparentes possam brotar.

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